quinta-feira, 30 de abril de 2009

# 150

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eu sou fácil de se entender, de se ler, apesar da aparência conturbada e labiríntica.
as pessoas costumam se perder nessas tentativas de compreensão do meu eu.
se perdem sim. se perdem.
e o motivo da perdição é um só: buscam por grandes eventos e nós indisfazíveis. buscam por estradas tortas, com caminhos em "V". por perigos, desafios e grandes eventos.
se perdem porque buscam nos lugares errados.
a compreensão de mim está é no simples, no que é comum.
eu sou fácil de ler.
o difícil é que entendam isso.

# 149

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e depois de um mês conturbado, meio sem rumo, a direção veio de longe.

a resposta pra tudo está nos amigos, e nada como aquele amigo especial, que sabe tanto, mas tanto da gente que é quase nossa consciência encarnada, pra ajudar a achar aquele tal de rumo certo.

pois então, como as coisas não acontecem por acaso, essa hora em que tudo virou bagunça de novo, coincidiu com a vinda do Carlos pra cidade, por uma semana só, mas em poucas horas já resolvi 80 % das minhas coisas.

é daqueles que se sentam com a gente, ouvem, abraçam, se indignam, e aplaudem. é daqueles que mesmo de longe, tá perto, e com as opiniões e puxões de orelha, de ambas as partes, resolvemos que o importante é ficar bem.

e a presença física aqui, garantiu o abraço guardado a uns meses, e fez melhor o fim de abril.

resolvidas as pendengas da vida, agora é hora de me preparar pras novas.
porque esse trem não pára.

domingo, 5 de abril de 2009

# 148

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e tem dias em que toda a tristeza represada vem à tona, derramando por todos os lados, promovendo uma bela duma inundação interna.
daqueles dias em que nem sorriso de neném te faz sarar.

o bom que são dias raros. e raros, mas tão raros, que não tenho notícia de quando tinha sido o último.

o dia da inundação já passou. na verdade, estou em dia de sol aqui dentro.
mas vale o registro.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

# 147

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e os dias pasados foram turbulentos.
algumas situações novas ainda tendem a me deixar meio de cabeça pra baixo, perdido no meio de tiroteios de balas de jujuba.
e numa dessas situações, em que tudo parece conspirar diretamente contra os meus objetivos, fiquei meio mal, meio triste e cabisbaixo.
e assim passei um fim de semana inteiro, sem saber definir aquilo que tava acontecendo, e até com raiva de as coisas não correrem segundo os meus planos tão bem traçados, tim tim por tim tim.

e numa segunda às 18h, com o clima aqui dentro ainda tempestuoso, saindo do trabalho pra casa, parado num ponto de ônibus, enquanto caía uma chuva fina, e eu sem guarda chuva, olhei pro céu, e tinha uma lua minguante aparecendo entre as nuvens.

e naquela hora, ali, parado no ponto de ônibus, me lamentei falando baixinho pra lua: "ô lua, que que tá acontecendo? o que é isso que tá se passando?"

e nesse exato momento, começa a tocar no meu radinho de ouvido uma música, que me traz todas as respostas.

imediatamente, meu astral melhorou, comecei a rir de mim mesmo, porque aquela coisa toda que me estristecia me pareceu ridícula, e resolvi ir embora caminhando, mesmo na chuva fina, e cantando Paquetá rua afora.